s vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data, disse Luis Fernando Verissimo. Tomar ao pé da letra essa frase bem-humorada do cronista pode no ser um bom negócio. Porém, ainda mais temerário seria aceitar a hipótese oposta, ou seja, de que tudo acontece do jeito que o jornalista nos conta. Certos recursos de escrita e de edio aumentam tanto a temperatura do texto que provocam a fuso entre a fantasia e a realidade. Esse fenmeno misterioso, com seu toque de alquimia, é o que Renato Modernell investiga em A notícia como fábula.